Quando se reflete sobre grandes momentos que ocorreram em carreiras indiscutivelmente brilhantes, sempre se percebe que em determinado momento, a pessoa tomou uma decisão que simplesmente mudou o rumo da sua vida.
Geralmente uma decisão difícil que envolveria sacrifício ou desapego, que poderia significar um recomeço e que demonstraria uma indomável força de vontade em acontecer; onde basicamente não haveria nenhuma certeza do que viria a frente, a não ser as dificuldades e obstáculos gigantescos.
E aí estes seres especiais se tornam referencias, quase mitos ou até mitos, que sempre são citados como exemplos com muita admiração e que delineiam os passos que as pessoas dão, na direção que for, como se criassem uma espécie de caminho a ser seguido.
E todo mundo de uma forma ou de outra, passa por isso.
Tanto decide fazer uma virada ou não, como seguir os passos de alguém que fez uma virada ou simplesmente admirar, mesmo que de longe, a impetuosidade ou a perspicácia.
Mas se você olhar para o seu lado ou a sua volta, poderá perceber algumas viradas que são surpreendentes, quem sabe a sua própria, e especialmente perceber que estas foram regadas a aconselhadores especiais que lhe proporcionaram fazer o seu caminho acontecer.
Pode ter sido o seu pai que lhe deu um conselho excepcional que você levará para o resto de sua vida; pode ter sido um chefe que lhe repassou um feedback que lhe fez refletir de verdade; pode ter sido um colega que lhe ajudou (sem pestanejar) na hora que você mais precisava de apoio e nem se importou com os méritos; pode ter sido um amigo que lhe fez repensar sobre algo vendo você desorientado; pode ter sido um cliente que lhe fez refletir sobre o que importa realmente em uma relação de negócios; pode ter sido um fornecedor que se dedicou de forma admirável a algo que nem era tão importante assim; seja o que for, pode ser que a sua virada tenha sido fruto de apoio muito mais próximo do que o daquele exemplo de um mito.
E entender que são as pessoas que estão a sua volta que fazem as suas decisões realmente acontecer é muito importante para, que você lhes dê o devido valor.
Assim, você começa a entender que a virada não é o ato de fazê-la em si, mas de decidir firmemente fazer o que você precisa fazer, sempre cercado e incentivado por quem se importa com você.
Sempre é possível manter-se referencias de ações e pessoas extraordinárias, mas nunca se esqueça que pessoas e ações extraordinárias estão a sua volta e são elas que fazem algo extraordinário para você: lhe valorizam.
E para fazer a sua virada, além de uma imensa determinação que possibilita esta decisão firme, há o dinamismo de sempre buscar sair da sua própria zona de conforto; não para tomar altos riscos e mostrar-se aos outros como ousado (ou fora da casinha em alguns casos...), mas para não deixar-se tomar pelo caminho mais fácil por ser simplesmente fácil, ao invés de ser o melhor.
A sua virada é muito mais se dar conta de que você pode fazer a sua vida acontecer, sem necessariamente se tornar uma referencia ou um astro espetacular, porque o foco é sua realização e não a sua realização para os outros enxergarem...
Nunca um ato egoísta ou narcisista, mas absolutamente consciente, e por isso mesmo que você não precisa de platéia, mas precisa estar certo do que quer e que pode contar com quem confia verdadeiramente.
Por isso, não se preocupe se as suas decisões vão lhe colocar mais ou menos na vitrine, mas que elas lhe façam ficar mais próximo de você mesmo.
Faça as suas escolhas.
Faça a SUA virada por você.
*Fonte: www.baguete.com.br
Sílvia Somenzi
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