A adoção da Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) exige das empresas a implantação de soluções fiscais capazes de suportar as novas regras impostas pelo Fisco.
Mas nesse processo elas não devem se concentrar apenas na aplicação de recursos financeiros e tecnológicos, alerta Luís Cláudio Palese, da CCA Consultores, especializada na análise e adequação de empresas à nova legislação.
“A mudança de postura do empresa também deve englobar seus colaboradores. É a oportunidade ideal para agregar valor ético aos negócios desenvolvidos no Brasil”, acredita.
Segundo ele, pouco se comenta sobre as repercussões em cadeia que as novas determinação da Receita Federal para o Sistema Público de Escrituração Digital (SPED), que tem na NF-e um dos seus pilares, podem causar, principalmente para as empresas. Em especial as pequenas e médias que não fizeram investimentos necessários para corrigir seus cadastros de clientes e de fornecedores.
O especialista ressalta que as novas regras para emissão da NF-e exigem que os dados estejam impecavelmente atualizados. Do contrário, não será mais possível a emissão eletrônica do documento. Além disso, os dados preenchidos para sua emissão serão checados logo após a recepção pela Secretaria da Fazenda.
Se uma empresa que não tenha regularizado seu cadastro juntos aos órgãos públicos fizer um pedido para a compra de matérias-primas ou insumos, o fornecedor não conseguirá emitir sua nota fiscal. Logo, ficará impossibilitado de entregar a mercadoria, exemplifica Palese.
“Os efeitos decorrentes desta situação vão causar muitos transtornos e uma empresa em situação irregular pode afetar a produção de uma série de outras”, explica.
Numa situação inversa, onde o fornecedor esteja com cadastro irregular, pode haver, ainda, a necessidade de uma empresa ter que trocar de fornecedor de uma hora para a outra.
“Imagine que uma empresa tenha negociações especiais de preço e condições de pagamento com um fornecedor que está em situação irregular junto à Receita Federal. Como esse empresário vai manter sua política de preços junto a seus consumidores, se tiver que recorrer a um fornecedor desconhecido de uma hora para a outra e não conseguir os mesmos acordos?”, indaga.
Com certeza, essa empresa deixará de ser competitiva no mercado em que atua e fatalmente sofrerá prejuízo se não repassar suas perdas na venda final, acrescenta o especialista.
*Fonte: www.tiinside.com.br
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